O rock morreu? Se depender dos números, a resposta é um sonoro "não". No primeiro trimestre de 2024, o Spotify registrou um aumento de 600% nas buscas relacionadas ao gênero, impulsionado principalmente pela Geração Z e pelo renascimento da estética dos anos 90 e 2000 no TikTok. Para acompanhar essa tendência, a plataforma de streaming lançou a playlist MARROW, substituindo a tradicional Rock This, prometendo uma curadoria moderna e diversa para o estilo. No entanto, a mudança gerou polêmica entre os fãs.

A nova playlist busca equilibrar artistas emergentes, como Jack Kays e Teen Jesus, com nomes já consagrados, como Arctic Monkeys e Deftones. O objetivo é reposicionar o rock como um gênero vivo e dinâmico, fugindo da ideia de que se tornou apenas uma peça de nostalgia. Para promover a MARROW, o Spotify investiu em um trailer no estilo true crime, onde artistas como KennyHoopla e Destroy Boys debatem a velha questão: "Quem matou o rock?". A campanha deixou claro que o streaming quer revitalizar a presença do gênero no mainstream.

Como toda mudança em um território consolidado, a novidade gerou reações mistas. Enquanto alguns elogiaram a diversidade da seleção e a oportunidade para novas bandas ganharem espaço, outros criticaram a exclusão de clássicos e a leveza da curadoria, que se aproxima mais do pop-rock do que do rock pesado. Além disso, a decisão de substituir a icônica Rock This desagradou muitos ouvintes, que preferiam a seleção anterior.

Seja por nostalgia ou por um real interesse em reviver o gênero, o fato é que o rock está ganhando novo fôlego no streaming. Com o crescimento da demanda e do engajamento, é provável que o Spotify continue investindo em novas formas de popularizar o estilo, seja através da MARROW ou de playlists específicas para diferentes subgêneros. A pergunta que fica é: essa ascensão será suficiente para colocar o rock de volta ao topo da música mundial?